Dance, sem saber dançar

Dançar é uma atividade que está presente na minha vida desde que eu era pequena. Na escola tinha aulas de dança (axé e street dance se bem me lembro) e sempre procurei fazer. Isso fez de mim uma pequena dançarina? Claro que não. Era uma das criancinhas descoordenadas, que a professora mandava para o fundo da sala a fim de não atrapalhar o fluxo da aula, e nunca me ofendi por isso. Na minha família sempre fui tida como “dura”, sem remelexo e todos os primos já riram muito de mim dançando.
Depois na adolescência, quem viveu fortemente os anos 90 deve se lembrar: todo mundo dançava axé e nos programas da tarde sempre passava os passinhos e eu tentava fortemente acompanhar em frente a TV. No colégio, na hora do intervalo, tocava os axés mais famosinhos (como É o Tchan!, Terrasamba, Harmonia do Samba…) e a galera dançava fortemente, e eu ficava lá no meio, fazendo feio ou fazendo bonito, tentando aprender alguma coisa.
Bom, depois de grande já tentei fazer aula de Zouk, Zumba, Sh’bam, Dança Fitness, enfim qualquer aula que tenha música (e que de quebra eu perca uns quilinhos) e sempre me descubro descoordenada. Mas nunca deixei de dançar por isso, pelo contrário.
Dançar sempre me fez muito bem, mesmo eu não fazendo isso muito bem. Dançar me deixa livre, me deixa leve, me deixa relaxada. Depois de dançar, seja em aulas na academia, na balada com os amigos ou aqui na sala de casa, eu me sinto mais feliz e mais animada.
Então esse post é pra você que, se assim como eu, não sabe fazer alguma coisa, continua fazendo mesmo assim. Não preciso saber os passos, não preciso acompanhar a classe e não ligo pra quem me olha esquisito, apenas danço. Danço, me divirto, me solto e fico feliz com isso.
Hoje vejo as pessoas dançando de vários jeitos e por mais engraçados ou esquisitos que parecem ser, é o momento que mais vejo as pessoas livres, leves e felizes. Para as coisas que nos fazem felizes na vida são assim, não precisa ser expert para fazer algo que te faz bem.