Esse blog está contagiado pelo espírito olímpico

Eu sempre gostei das Olimpíadas. Quando era criança assistia muitas provas, ficava maravilhada e obviamente torcendo pelo Brasil. Gostava muito dos jogos de vôlei, da ginástica artística com fitas (ainda existe?) e do nado sincronizado. Ah, sem falar do vôlei que sempre foi meu queridinho <3
Esse ano quando as Olimpíadas começou a bater na porta do Brasil, confesso não estar muito animada. Aquela criança que se divertia e se animava tanto vendo os jogos não estava mais em mim. Pensava só que não era o momento do Brasil, que as coisas estavam e estão mal, que vivemos um péssimo cenário político, que seria uma grande vergonha, fora a quantidade de dinheiro perdido nisso tudo.
Mas aí jogos chegaram e todos meus pensamentos pessimistas foram postos de lado. Começando pela linda abertura com show de inclusão: transsexuais, homens, gays, mulheres, todos reunidos na mesma festa sem discriminação. O Vanderlei Cordeiro de Lima que nas Olimpíadas de Atenas foi empurrado acendendo a pira Olímpica e nos trazendo toda a emoção de volta. Foi lindo.
E durante os jogos, mais surpresas boas: as mulheres dando um show de talento, sendo reconhecida, deixando todas nós empoderadas. Muçulmanas jogando vôlei, meninas pobres ganhando medalhas, trabalho em equipe, superação. Tá tudo sendo tão bonito de se ver, que nos enche os olhos, nos dá orgulho.
Ver o mundo todo nessa, todos participando, todos jogando limpo, se esforçando e dando tudo de si. Nos mostrando histórias de superação, histórias de garra, de vitórias, de vida e nos dando exemplos de como nunca desistir, lutar pelo que se quer. Cada jogo uma história revelada e descobrimos que as pessoas são gente como a gente e superam seus medos e suas dificuldades a cada passo.
Sim, eu sei que os nossos problemas ainda continuam, mas até o final dessas olimpíadas prefiro ver o copo meio cheio, aliás, prefiro ver o copo transbordando e tirar dessa experiência olímpica muitos “finais felizes”. Vejo um mundo de inclusão, um mundo de todos, um mundo onde cada um é reconhecido pelo seu esforço, talento e cada um tem o seu brilho.
Um mundo de todo mundo.