Mais um aprendizado...

Mais um aprendizado...

Berlim me trouxe várias oportunidades pessoais e uma delas foi passar a falar inglês. Fiz mil anos de curso, nas viagens para fora do Brasil sempre falava um pouco, mas quando não se pratica, sabe como é, né!? Pedir comidas, entender textos, assistir filmes e séries é completamente diferente de levar uma conversa por algumas horas.

E sempre carreguei essa insegurança comigo: na hora me faltar vocabulário, falar algumas besteiras, verbos e conjugações erradas… enfim. Daí que certo dia conversando com uma berlinense, iniciei a conversa com a frase padrão: “Sorry for my bad english” e tomei um belo tapa na cara.

“A partir do momento que você consegue se comunicar com alguém, quando você consegue estabelecer uma conversa, você não pode dizer que seu inglês ou qualquer outra língua é ruim.”

Sim, ela me disse isso e depois de ouvir essa bela lição, um  novo mundo se abriu pra mim: o da auto confiança. Essa é só uma pequena parte de mim que fica se sabotando o tempo todo; se escondendo, com vergonha de aparecer.
Mas em que isso ajuda, não é mesmo?

Quando a gente acredita na gente, um novo mundo se abre. Quando se entende que não precisamos esperar o momento perfeito ou a perfeição para fazer as coisas, é simplesmente dar o primeiro passo e lidar com as dificuldades conforme for aparecendo.
E que tudo vai ficar bem.

Já dizia a minha avó: quem não arrisca, não petisca (e provavelmente sua vó dizia o mesmo). E por não me arriscar, muitas vezes fiquei só no “e se”. Parece besteira, isso tudo só por conta do inglês? Sim. É uma coisa pequena, mas eu precisava desse tapa, desse pontapé, desse novo angulo para conseguir ver as coisas de um novo jeito.
Pra me permitir mais.
Pra arriscar.

Tudo tá perfeito agora? Claro que não.
Mas são os pequenos passos, não é mesmo…