pitágoras

pitágoras

lendo um livro despretensiosamente, pensando mais em aprender filosofia, abrir alguns outros pensamentos inquietantes. a sugestão veio depois de ler uma matéria na revista Gama, sobre uma autora e também filósofa que escreveu um livro a partir de um término de namoro. para passar todo o término e mudança de vida, ela usou do seu conhecimento filosófico para pensar sobre a vida e sobre a tão esperada felicidade. o nome do livro é Lições de Felicidade - Ilaria Gaspari. li o livro bem facilmente e refleti sobre os conhecimentos e sobre o amadurecimento que ela foi tendo ao delongar das semanas. depois de conversar sobre o livro em terapia, meu terapeuta perguntou também despretensiosamente (ou não) se eu também ia fazer esse exercício. eu fiquei pensando e não vi muitos motivos pra fazer a princípio. afinal de contas, não estou passando por nenhum término. ou será que estou? estou. todos estamos o tempo todo, não é mesmo?! resolvi começar. não fui tão afundo como ela que, tanto pra viver as semanas quanto pra escrever o livro pesquisou mais do que eu pesquisei. só me debrucei sobre o trabalho que a Ilaria já havia montado e levei pra minha vida. a primeira semana foi a Pitagórica, que é composta por 15 regras e tudo bem organizado. e foi o que essa semana foi. organização. foi uma semana que passei um pouco doente, com a garganta doendo e controlando com remédios. uma semana que meu corpo pediu pra eu parar. e eu parei. me organizei um pouco - pelo menos externamente. o primeiro efeito que senti dessa semana foi a de não se fazer perceber. minha existência não deve ser tão importante assim ela apenas é. eu existo, claro, mas não preciso deixar pedaços de mim (ou das minhas coisas) jogadas por aí. isso me fez refletir sobre a gente ser bastante egóico e achar muitas das vezes que tudo é sobre a gente, que tudo que passa por mim é sobre mim - não sei se isso faz muito sentido. e por falar em ego, fica uma das regras de Pitágoras que não consegui seguir que é a de "não olhe para um espelho próximo a uma fonte de luz". ser mulher, criada pra estar sempre impecável faz a gente inconscientemente ser escrava do espelho. depois de um banho, passa um creme, pentear o cabelo, escova os dentes, avalia a pele enquanto isso. muitas vezes me peguei querendo olhar pro espelho sem ter motivos nenhum, só por passar na frente dele. e isso porque era uma semana em que não saí de casa. enfim, essa semana me trouxe reflexões sobre o ego. e me organizou um pouco internamente. acho que era esse o intuito pra me preparar pra segunda semana que é muito mais reflexiva do que essa. mas deixo a reflexão pra semana que vem.