A tal da sociedade

Eu não sei o que é pior, se a sociedade ou se as pessoas que tentam se “encaixar” nela. São tantas regras cagadas que estão por ai, que já não fazem mais sentido – e me arrepia o fato de saber que talvez um dia elas fizeram -, mas tem muita gente por ai que ainda tenta (mesmo que não feliz com isso) engolir, aceitar e passar os ideais cagados pra frente.
A sociedade diz que mulheres de bem não ficam transando por ai, que ficar em um emprego estável te faz ser uma pessoa melhor, que ter carro do ano é excelente, não importa o tão pouco dinheiro que você tenha nem o tanto que tenha que trabalhar para isso. Iphone 6s só pessoas bem sucedidas têm; casa própria só os esforçados e os focados em suas carreiras profissionais conseguem.
O certo ao conhecer um cara é não demonstrar que gostou dele de primeira e só responder no whatsapp depois de alguns minutos ou horas. O certo depois de conhecer uma menina legal é só transar com ela o máximo de vezes e contar pros amigos que não está nem um pouco interessado em namorar. O certo é namorar depois de x encontros, apresentar pra família depois de x tempo, ficar noivo e depois casar – mesmo se decidir no meio do caminho que não gosta mais da pessoa.
Ah, essa danada de sociedade que diz que tem que trabalhar em um lugar super conservador que não deixa você assumir sua homossexualidade. Que faz piadas machistas e fica secando e mexendo com mulheres na rua como se não ofendesse. A sociedade que julga quem vai morar junto e não casa na igreja, que demoniza quem não tem religião, que olha torto quando vê alguém coberto de tatuagens e piercings. A sociedade que te protege porque você tem mais dinheiro, que manda você trabalhar no que você não gosta, pra sustentar os filhos que você não pretendia ter tão cedo.
Essa sociedade que tanto julga, tanto sufoca, tanto oprime e tanto caga regra que você se esforça tanto pra entrar? É nessa sociedade que você quer ser o garoto (a) exemplar? Eu prefiro fazer parte de uma sociedade diferente, sem diferenças, sem padrões que já não nos cabe e não nos representa. Quero (e sou) parte de uma sociedade sem tabus, sem crenças limitantes, livre de tudo que não nos faz ser quem somos de verdade.
De fato, tirar as amarras que tanto nos seguraram até hoje não é fácil, mas também não é impossível. Vamos ser livres, viver e deixar viver e fazer com que a “tal da sociedade” seja realmente representativa e algo que nos deixe mais felizes. Qual sociedade você quer pra você?