Trabalho é tudo?

Estava no banheiro do trabalho essa semana e comecei a ouvir a conversa de duas mulheres recém chegadas de férias. A primeira, que aqui vou chamar de Ana (até porque nem sei o nome dela) começou a falar sobre sua viagem, da importância das férias, de que foi bom ter passado um tempo com a família e que viajar é tudo de bom! – Até aí sem novidades.

A segunda, que aqui vou chamar de Maria, manteve o discurso igual, falando com um pouco mais de detalhes sobre o que viu e fez na viagem, com sua filha, seu marido, seu cachorro…Ana e Maria ficaram uns 10 minutos falando sobre isso, rindo e felizes. Tanto blá blá blá que tudo soava no tom mais superficial possível, de quem na verdade não tinha aproveitado nada do que contara.

Até que por fim, Ana fala que o melhor de tudo é que agora ela está de volta e pode retomar a rotina. Que o melhor é ter a rotina de volta e saber que está tudo lá, como ela deixou. Maria concordou, e as duas saíram rindo, mais felizes do que quando contavam sobre suas viagens, mais verdadeiro.
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Daí eu fico me perguntando até que ponto vale as pessoas se entregarem mais ao trabalho do que aos prazeres da vida? Encher a boca pra falar que está ocupado ou que tudo depende dele e não encher pra falar sobre família/viagem?!

Eu sou o tipo de pessoa que sim, tenho que trabalhar (não nasci rica) e acredito que o trabalho nos proporciona conhecimento e agrega valores que realmente faz a diferença… mas isso é apenas uma parte da minha vida. Faço questão de ter outras partes mais importante com viagens, amigos, família, namorado…. Essas partes que me deixam mais feliz e mais viva.

Recebi esse texto aqui que completa o que eu escrevi e acho que vale a reflexão…